sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

IGREJA x POLÍTICA

Um assunto interessante que vale a pena refletir e que temos visto e acompanhado há alguns anos, é o aumento da intervenção das Igrejas (diga-se seus líderes) frente as políticas em todas as esferas governamentais. Sabe-se que esta está inserida dentro do meio político desde os primórdios da humanidade, afinal se faz política em todos os setores de nossas vidas.

No entanto não é basicamente a política interna feita nas igrejas ou associações cristãs, essas feitas de forma em manter a gerência sobre suas doutrinas e credos, onde se comungam da ideia primaria de manter seus líderes e congeneres e assim seus ensinamentos e suas crenças em prol da manutenção da fé e da organização presente.

É claro que todos estes ensinamentos religiosos do nosso cotidiano, são importantes para manter o nível social e de proximidade entres as pessoas. As conduções dos líderes religiosos dos ensinamentos aos seus seguidores no que tange a conduta moral, pautada na ética, bons costumes e amor ao próximo é o que nos faz viver melhor e em comunhão.

O que mais aflige é que de um determinado tempo para cá, alguns líderes religiosos, deixaram fugir essa essência do ensinamento, e passaram não só nortear o indivíduo quanto a procura do melhor caminho, pautando pontos determinantes para sua escolha e direcionando apenas para que estes resguardassem princípios básicos na pessoa a quem fossem escolher como seus representantes governamentais, para uma ação direta de confronto, onde estes "lideres" não só apontam o seu candidato como também praticamente os obrigam a votarem nele.

Neste contexto, a grande massa é manobrada a merce da vontade de um indivíduo que muitas vezes a negocia como se negocia literalmente um rebanho. Desta forma, fieis sem saber tornam-se "mercadorias", e com prazos de validade, encerrando esta sempre após o pleito do ano em que precede as eleições.

O interessante é que passam os anos, passam as pessoas as decepções são infindáveis e mesmo assim a cada ano surge um novo "salvador", ah" mas esse é diferente! Esse não irá nos decepcionar pois este foi o escolhido de DEUS, e sendo assim creiam todos que por esse motivo devemos o eleger. Assim segue a cada ano eleitoral e o crescimento desta prática assusta pois na ingenuidade das pessoas, em sua crença, fé e esperança, não cabe a dúvida ou não se deixa caber, e os oportunistas cada vez mais crescendo e arrematando espaços que não conseguiriam em métodos normais dentro da própria organização religiosa.

Enfim, este não é um artigo generalizado, sabemos que esta na verdade são exceções de pessoas sem escrúpulo, que mediante uma oportunidade não exita em se dar bem, e assim, pessoas de bom grado são envolvidas sem sequer ter a noção do real interesse por trás de tudo isso. Não obstante, as participações dos verdadeiros líderes religiosos, são de suma importância para o processo político no país, através dos ensinamentos básicos, da moral, boa conduta e principalmente de amor ao próximo. Cabe aqui apenas a reflexão para aqueles que ainda se pautam em decisões já formalizadas sem ao menos indagar o porque?

Um comentário:

Anônimo disse...

Fala Alexandre.
Li seu artigo... Na verdade, eu não vejo mal algum em um líder religioso instruir os fiés de uma Igreja. A grande massa cristã, por exemplo, é de pessoas sem instrução, vítimas da desigualdade social que assola o país. Muitas destas pessoas não conhecem os candidatos e as suas propostas. Como o líder religioso é o pastor do rebanho, acho que ele não tem só o direito, mas o dever de instuir os fiés em quem votar. Caso contrário, ele estará sendo omisso. Como cristão, na última eleição eu participei ativamente nesse contexto. Vi padres e pastores instruindo os fiés em quem NÃO VOTAR. E o critério é simples: se as propostas forem contra o evangelho, não merece nosso voto. Simples assim.
Abraço!