sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

CRISE INSTITUCIONALIZADA



Hoje pela manhã a cidade acordou com um  novo decreto; "Estado de Calamidade Financeira". O decreto assinado pelo atual prefeito Mario Tricano não é nenhuma surpresa para aqueles que durante os últimos anos vem acompanhando de alguma forma a política administrativa no município. 

Teresópolis desde a tragédia natural de 2011 vem sofrendo uma série de tragédias políticas, a falta de responsabilidade com a coisa pública, a captura do Estado para suprir interesses próprios e o descaso com a coletividade veio afundando literalmente o município.

Foram dois prefeitos cassados em quatro anos, e as mudanças constantes de líderes governamentais trouxeram desastrosos resultados político-administrativo. Arlei sem sombra de dúvida foi o mais displicente, conseguiu até superar Jorge Mario coisa que muita gente duvidava ser possível. Não trabalhou, não demonstrou qualquer responsabilidade com sua função, não soube exercer o papel de líder que um chefe do poder executivo deve no mínimo fazer, talvez até porque realmente não o seja, e por fim deixou o município falido.

Marcio Catão até tentou, mas as instabilidades e idas e vindas o impediram de apresentar resultados, cometeu algumas falhas, e houve alguns desagrados, mas daí nem Jesus agradou a todos, seria pedir muito de um simples cidadão. No entanto, teve a responsabilidade de abrir as contas ao povo, em demonstrativos apresentado na Câmara havia deixado claro o que foi aberto a população através desse decreto, "o município faliu".

Tricano assumiu gerando grande expectativa para a maioria da população que acreditaram em uma rápida mudança e que as coisas seriam diferentes. No entanto, como Eu já havia dito a muitos amigos, o problema do município não era apenas político mas também financeiro, e diga-se de passagem muito mais financeiro. Sendo assim, não bastaria apenas o fato de mudança de gestor para solucionar o problema do município, é preciso tempo, e muito tempo! Vamos precisar de anos para nos recuperar financeiramente, ainda assim, contando que os próximos gestores irão trabalhar com responsabilidade com a coisa pública entendendo que o país não vive um bom momento e que é preciso enxugar ao máximo a máquina administrativa.

A publicação deste decreto nada mais é do que a oficialização do que alguns já tinham conhecimento e o grande desafio é reajustar as contas sem desagradar a sociedade, medidas impopulares serão necessárias e em ano eleitoral isso não será muito fácil, mas há de se fazer a escolha, ou desagrada ou responde ao TCE já que este ano termina o exercício financeiro de mandato, de qualquer forma a crise foi institucionalizada. 

Fui!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

OS TEMPOS MUDARAM...

A administração pública sofreu muitas mudanças ao longo dos anos e a transparência  sem sombra de dúvida foi o maior foco almejado. Visando combater a corrupção e dando maior possibilidade do controle social  dezenas de leis foram surgindo, e com isso, a administração da coisa pública se tornou diferenciada e passível de um controle que muitos gestores não estavam habituados. 

Um outro viés, e que também modificou muito o "modus operandi" na forma de gerir a coisa pública, foi o avanço da internet e sua popularização que chegando na casa de milhões de brasileiros proporcionou a comunicação quase em tempo real de transmissão das informações, daí, destaca-se as famosas "redes sociais", ferramenta imprescindível na comunicação.

E é esse o ponto! O que se fala hoje, pode ser usado contra você amanhã. Nesse mundo digital, qualquer palavra dita, qualquer crítica feita, ou aparente solução apresentada, fica registrada na tela de milhões de internautas, e assim, tão logo se chegue ao poder essas cobranças virão a tona, tornando um encalço e aumentando a responsabilidade daqueles críticos ferrenhos de governos anteriores.

Essa nova ferramenta proporcionou um novo e grande desafio, que é - estar hoje, em posição de oposição a qualquer governo, apresentando críticas e soluções mirabolantes sem que estas estejam embasadas dentro da legalidade e da realidade -  pode ser um verdadeiro "tiro no pé" de quem o faz. As promessas salvadoras não tem mais espaço dentro de tudo o que foi criado nos últimos anos em matérias de leis para transparência e responsabilidade fiscal. Essas mudanças provocaram uma grande diferença na gestão quando a comparamos com as gestões anteriores as estas, hoje qualquer passo dado está sendo monitorado e avaliado pela sociedade, que por sua vez espera resposta para os problemas mais básicos.

E isso não é tão fácil quanto parece ou se deixa transparecer para quem está na oposição.  Assim, quando está do lado inverso da moeda, é que se tem a dura realidade, não existe "salvador da pátria", o trabalho tem que ser feito dentro da legalidade e dentro das condições financeiras que o ente possui. E  tudo aquilo que foi dito antes pode voltar contra o próprio que ventilava soluções enquanto oposição.

Essa é a dura realidade, os tempos mudaram, o controle social e a transparência trouxeram muito mais avanço do que a própria sociedade imagina,  não cabe mais amadorismo na gestão pública, como também não cabe mais a centralização do poder de decisão.  Na administração moderna, já se comprovou que a participação de toda equipe dentro de um projeto e a integração e distribuição de responsabilidades entre os membros é crucial para alcançar o sucesso, e aqui não é diferente, a "máquina" precisa andar, mas andar pra frente porque o tempo urge.