segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mais denúncias são expostas pelo Jornal O GLOBO e EXTRA



O jornal O GLOBO e EXTRA, voltaram a publicar matéria sobre o possível esquema de corrupção que estaria acontecendo nos municípios atingidos pela tragédia na região serrana do rio, entre ele Teresópolis.

Na matéria são citados relatórios elaborados por técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) desde janeiro, quando ocorreu a tragédia provocada pelas chuvas, onde foram encontraram indícios de irregularidades em contratos sem licitação assinados pelas prefeituras e pelo governo do estado com empresas chamadas para socorrer cidades da Região Serrana. Os técnicos identificaram falhas principalmente no preenchimento das planilhas onde estão discriminadas as obras. O documento é usado como base para o cálculo do serviço executado e o pagamento, posteriormente.

Em relação a Teresópolis, os técnicos do TCU escreveram, em março: “Analisando as planilhas, percebe-se que as medições não se encontram atestadas pelos fiscais dos respectivos contratos e, tampouco, estão acompanhadas dos diários e laudos de vistorias”. Em outro trecho, chamam a atenção para um ato de reconhecimento de dívida assinado pela prefeitura com a empresa Contern Construção e Comércio Ltda: “No nosso entender, esse procedimento está eivado de ilegalidade”.

Nas primeiras respostas ao TCU, a prefeitura de Teresópolis disse que havia firmado contrato apenas com as empresas RW de Teresópolis Construtora e Consultoria Ltda (no valor de R$ 1,5 milhão) e com a Vital Engenharia Ambiental S/A (R$ 3,5 milhões) para atuarem na limpeza da cidade. As duas empresas são as mesmas que um empresário afirmou, como revelou o GLOBO na edição de ontem, terem sido supostamente beneficiadas por um esquema de pagamento de propina montado na prefeitura local. Os técnicos do TCU estranharam quando os administradores do município informaram que deviam cerca de R$ 3,5 milhões também à Contern e que o serviço executado pela empresa aconteceu no mesmo dia e nos mesmos locais onde a Vital Engenharia atuava.

Em entrevista coletiva hoje à tarde o prefeito de Teresópolis Jorge Mario, diz desconhecer as denúncias dos jornais que segundo ele são caluniosas, inverídicas e mentirosas, e promete ajuizar contra os jornalistas que promoveram a matéria a empresa e qualquer um que tenha divulgado a notícia.

Jorge Mario, só não conseguiu ainda explicar e convencer como seu patrimônio cresceu absurdamente em apenas dois anos, saindo de uma simples casa alugada para um verdadeiro palacete no prédio mais luxuoso de Teresópolis. Poucos se convenceram da escritura apresentada pelo prefeito em um financiamento da CAIXA no valor de R$ 200 mil pagos a um imóvel avaliado em pelo menos R$ 600 mil, ou seja três vezes o valor apresentado.

Vale lembrar também que um dos ex-secretários citado na matéria, José Alexandre de Almeida, também adquiriu um apartamento no mesmo prédio e na mesma época.

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