quinta-feira, 11 de novembro de 2010

OS REFLEXOS DA DÍVIDA FEDERAL


Com o fim do mandato do presidente LULA, finda também a "euforia" do país 100% correto, e o desafio agora do próximo governante é reavaliar a metodologia LULA de governar e consequentemente ajustar as contas à pagar da união. Segundo balanço apresentado pela ONG Contas Abertas, se o presidente não investir mais nada até o final do ano (o que é improvável) Dilma Rousseff, herdaria já no início do seu mandato a bagatela de mais de R$ 50 bilhões em dívidas em restos à pagar.

Em termos de comparação LULA quando recebeu o governo de FHC, tinha uma conta de R$ 2,4 bilhões, de restos a pagar em investimentos, e agora entregará com mais de R$ 50 bilhões, o aumento é absurdamente desproporcional ao crescimento do país, 8 vezes mais do que recebeu.

O valor ainda é maior que todo o investimento feito no PAC (programa de aceleração do crescimento) que é de R$ 43 bilhões. A única coisa que a ex-chefe da casa civil e agora presidente eleita não poderá reclamar é que não sabia desta conta, pois o governo literalmente abriu os cofres públicos em obras e investimentos para o PAC, que era a menina dos olhos do presidente e a garantia que o mesmo faria sua sucessora, e todos estes gastos foram com aval da então presidente eleita.

A grande missão da nossa chefe de estado, é agora controlar as contas, arrochar os gastos e promover cortes no orçamento, para daí sim começar a replanejar seu orçamento. O primeiro passo para a quebra desta diferença é o famigerado CPMF, que embora a presidenta jure de pé junto que não enviará pedido de aprovação do retorno do imposto ao congresso, ninguém discorda que uma estratégia pelos bastidores dos novos aliados do governo está sendo feita, assim preservariam a imagem de Dilma.

Quem tem que botar as barbas de molho quanto a este arrocho é o nosso excelentíssimo prefeito, ele cansou de anunciar milhões de investimentos para a cidade, vindo do governo federal, mas com a possível redução no orçamento do próximo ano pode ser que estes não venham ou chegue em valores bem reduzidos. A nova base do governo Dilma, já disparou sobre esta questão e é óbvio que contará com a compreensão da base aliada quando os cortes ocorrerem.

Portanto Sr. prefeito prepare-se para receber os reflexos da dívida federal, e aproveite seu tempo para replanejar suas metas ao invés de ficar rindo a toa na TV. Afinal não tem motivo para isso ou tem?

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