quarta-feira, 16 de maio de 2012
A presidente Dilma Roussef foi vaiada por prefeitos nesta terça-feira (15) ao comentar a distribuição de royalties do petróleo. Ela participou da abertura da 15ª Marcha dos Prefeitos, em Brasília, que reuniu cerca de 3,5 mil prefeitos na capital.
Ao final do seu discurso, alguns prefeitos pediram da plateia que a presidente comentasse sobre a distribuição dos royalties do petróleo. Ela respondeu: “Petróleo, vocês não vão gostar do que eu vou dizer. Não acreditem que vocês conseguirão resolver a distribuição de hoje para trás. Lutem pela distribuição de hoje para frente”.
Nesse momento, a presidente foi vaiada e encerrou o discurso. Os royalties são tributos pagos pelas empresas aos estados de onde o petróleo é extraído, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. A nova proposta já aprovada pelo Senado prevê a diminuição do repasse aos estados produtores e um aumento para os que não produzem o óleo. O projeto está agora na Câmara, onde foi criado um grupo de trabalho para analisar a matéria.
Sabe-se agora que, depois de ser vaiada na Marcha dos Prefeitos, a presidente Dilma Rousseff foi dura ao falar com o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski. As imagens flagraram a presidente Dilma de dedo em riste ao se referir a Ziulkoski.
Dilma disse para ele que não adiantava estimular o movimento pela redistribuição dos royalties do petróleo, motivo pelo qual foi vaiada. E irritada mandou um recado: que Ziulkoski pensasse diferente e parasse com aquela estratégia. Isso porque os prefeitos poderiam até aprovar a matéria no Congresso. Mas que seriam derrotados no Judiciário, numa referência ao direito adquirido dos estados produtores. Procurado pelo Blog, Ziulkoski disse que “foi uma deselegância” o fato de Dilma ter sido vaiada no evento. E explicou que a iniciativa partiu de um grupo de prefeitos e não da Confederação. Sobre a advertência recebida pela presidente Dilma, preferiu não falar.
Nem precisa, pois todos sabiam de seu autoritarismo, mais cedo ou mais tarde a mascara ia cair mesmo...
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